A Anistia Internacional ligou, de maneira indireta, a JBS a ilegalidades na Amazônia. A empresa negou a conexão com as infrações.
Produtos derivados de gado criados ilegalmente em reservas indígenas foram identificados como fornecidos pela empresa. Entretanto, a JBS, que é a maior exportadora de carne do país, nega as irregularidades.
Katharina Masoud, da Anistia Internacional, comentou o assunto à DW Brasil: “O foco do novo relatório não era a JBS, mas o nome da empresa continuava surgindo à medida que pesquisávamos dados oficiais em Rondônia, em parceria com a Repórter Brasil”.
O relatório aponta que foram analisados dados sobre bois transferidos de fazendas localizadas em áreas protegidas das organizações Idaron e CAR a partir da lei de acesso à informação.
As regiões apontadas como foco das atividades estão localizadas dentro da Reserva Extrativista Rio Ouro Preto. Além desta a empresa também teria feito negócios envolvendo gado dentro da Reserva Rio Jacy-Paraná e da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
Ainda sobre o relatório, há indicações de atividade de lavagem de gado com intenção de burlar os sistemas de monitoramento, feita por agricultores do local.
Sendo assim, a prática possibilitaria estes agricultores a vender gado dessas áreas à JBS. Todas estas informações constam no relatório da ONG.
Dito isto, a própria ONG reitera que não há provas para indicar envolvimento direto da JBS – que também negou o envolvimento neste caso – nas ilegalidades.