O agronegócio foi um dos principais temas na visita do presidente Jair Bolsonaro à Arábia Saudita. Após agenda pela Ásia e Oriente Médio, a comitiva presidencial desembarcou no país saudita a fim de fortificar e melhorar a relação entre as duas partes, discutindo temas também como infraestrutura e defesa.
Principal parceira comercial do Brasil no Oriente Médio, a Arábia Saudita é o 12º destino das exportações brasileiras do agronegócio em 2019, com 1,8% de participação total, de acordo com dado divulgado pelo Ministério da Agricultura (Mapa).
De janeiro a setembro deste ano, foram 2,35 milhões de toneladas em produtos, com receita de US$ 1,32 bilhão. No mesmo período em 2018, o número foi de 2,06 milhões de toneladas exportadas, rendendo US$ 1,27 bilhão.
A comitiva presidencial deve apresentar aos sauditas a carteira potencial do Programa de Participações e Investimentos (PPI), de acordo com o Palácio do Planalto. São 118 projetos e potencial de investimento estimado em R$ 1,3 trilhão.
“Temos uma relação também que promete aumentar as exportações e os investimentos do agronegócio brasileiro, o processamento dos produtos do agronegócio brasileiro na Arábia Saudita. Na área de defesa também há uma perspectiva de aumentar os produtos”, afirmou o embaixador Kenneth da Nóbrega, secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em nota do governo federal.
Lembrando que os árabes fazem parte do G20, grupo das nações mais ricas do planeta, e possuem a segunda maior reserva de petróleo do mundo, com aproximadamente 267 bilhões de barris, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A Corrente Comercial da Arábia com o Brasil em 2018, que seria a soma das importações e exportações, foi de 4,42 bilhões de dólares.
Créditos: Matheus Pinheiro
Foto de capa: HO / AFP