Nós estamos habituados com frutas, legumes e verduras orgânicas. Mas e o ‘boi orgânico’? Ele existe e está gerando muito progresso no Pantanal.
Os bois já fazem parte desse cenário do Pantanal! Atualmente, a região tem mais de 3 milhões de cabeças e é a maior fornecedora de gado para engorda do Mato Grosso do Sul de acordo com a Revista Globo Rural.
Conheça:
Além disso, tem um estudo que revelou que 82% da planície está preservada graças a criação do gado, pois o boi cresce naquele pasto e come o mesmo capim há muitos anos, não há o uso de produtos químicos e ainda as fezes dos próprios animais podem conservar o solo.
Valor
De acordo com um levantamento de custos do CEPEA, em 2009 a receita total foi de 458 reais, em 2011 de 585 e em 2014 de 861 reais, comparando 2009 e 2014 houve um aumento nominal de 88% no sistema modal de Corumbá.
Na conclusão do mesmo levantamento, mostra que a partir de 2011 na região a sustentabilidade econômica da produção de bovinos no Pantanal não apenas manteve-se, mas aumentou expressivamente.
Para valorizar esse manejo e melhorar a renda da região, a ABPO, Associação Brasileira de Produtores Orgânicos cirou um protocolo de produção de carne sustentável e tem atraído criadores.
Toda criação é rastreada com brincos eletrônicos e alimentação também é rigorosa.
Números
Atualmente, 88 mil animais fazem parte do programa da associação, por mês são abatidos, em média, 1200 cabeças. Quem produz orgânico recebe uma bonificação de 10% no valor da arroba, um prêmio pela qualidade da carne.
Toda essa produção é vendida para uma empresa especializada em agricultura natural, que viu no boi do Pantanal uma grande oportunidade de negócio. Oito pecuaristas já tem a certificação sustentável e outros seis, a orgânica. Os bois recebem todas as vacinas obrigatórias.
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